sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Dois excertos do Upanixade Maitri e respectivas interpretações

"No fim dos mundos, todas as coisas dormem; só ele [Brahman] permanece acordado na Eternidade. Então, do seu espaço infinito, novos mundos se erguem e acordam, um universo que é uma vastidão de pensamento. O universo nasce na consciência de Brahman, e para ele retorna."

Upanixade Maitri, 6.17

"Samsara, a transmigração da vida, ocorre na nossa própria mente. Por isso, que todos mantenham a mente pura, porque aquilo que um homem pensa, nisso se vai transformar: este é um mistério da Eternidade."

idem, 6.24

A minha intepretação dos dois trechos é simples: primeiro, tudo existe numa consciência; segundo, somos aquilo que imaginamos (ou que antes de encarnarmos imaginámos).

Se acredito nisto? Acredito sem ter certezas, não por tê-lo lido no texto, mas porque tive uma experiência de meditação em que penso ter-me desligado dos sentidos e ficado encerrado na consciência, sem hipótese de saída. Acredito, por isso, que tudo existe numa consciência. Sendo a imaginação a força (mental) criadora, acredito que tudo existe devido a um acto da imaginação. Não quero impingir as minhas crenças a ninguém, apenas exprimi-las. São estranhas? Já Jim Morrison disse, e passo a citar, this is the strangest life I've ever known.

2 comentários:

  1. "somos aquilo que imaginamos (ou que antes de encarnarmos imaginámos). "

    Sendo assim, temos a possibilidade de nos reinventarmos a nós mesmos e á nossa realidade a qualquer momento. Ou não?

    ResponderEliminar
  2. Em certa medida, podemos reinventar a nossa realidade a qualquer momento, através da tomada de opções. Não podemos, como é evidente, transformar-nos numa pedra.

    ResponderEliminar