segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Apocalipse

Constelado no espaço surge um Homem
rosto em chamas
peito mil sóis fulgindo

De um dos olhos corre o Tejo
do outro flui o Ganges
Dão a volta ao universo
regressam unidos à boca que em fogo os sorve

Todas as coisas no coração clamam
Apocalipse !

1 comentário:

  1. Se de um olho corre o Tejo, do outro flui o Ganges e juntos correm o universo, encontram o Reno...e assim um dilúvio consegue apaziguar as chamas violentas do apocalipse do coração.

    "Era a voz do mais nobre dos rios,
    Do Reno que nasceu livre,
    E outra era a sua esperança, quando lá em cima dos irmãos,
    O Ticino e o Ródano,
    Se despediu para ir viajar, e impaciente
    A alma régia o impelia para a Ásia.
    Porém insensato é
    Perante o Destino o desejar.
    Mas os mais cegos
    São os filhos dos deuses. Pois o homem conhece
    A sua casa, e ao animal foi dado saber onde
    Deve construir a sua, mas àqueles coube-lhes
    Na alma inocente o defeito
    De não saberem para onde hão-de ir."
    Com Sócrates, no Fédon, Platão ensinou que há um dia e já a partir desta vida em que os poetas e os divinos devem começar a falar uns com os outros. E não precismaos do nome deles, basta lê-los para logo os conseguirmos reunir.

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