quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mordente
de galopes
e aladas cadências
a brisa
desta manhã tão possuível
desfaz-se em vagas de luz
por dentro
na eterna subtileza dos metais
sublimados em sensações sem verso
e tudo se despede
da obrigação de haver mundo
no estar a ser
pedra
árvore
nuvem
perfume
da obrigação de ser
e o mergulho
é uma ascensão
sem razão
sem agasalhos
ou querer
a criança eterna
que não nasceu
tange as cordas serpentinas da morte
e os deuses adormecem
nas águas cálidas
do esquecimento

Sem comentários:

Enviar um comentário