Eu tenho um paramento
A tua longe-ideia
A carne-firmamento
Da saudade que ateia
Eu sinto um pensamento
Um músculo que arreia
Um mar de vazamento
O meu sangue sem veia
Os teus olhos estão foscos no meu passado
Os teus olhos são tocos na minha estrada
O meu fosso é mais escuro que a madrugada
Antes da risada ébria dealbar da cama de lã sideral
Eu tenho uma vertigem
A tua sobrancelha
A tua carne viva
Em máxima centelha
Intuo um horizonte
As tuas mãos pousadas
Na minha boca-fonte
Nas minhas namoradas
Hey Mr Tambourine Man: Gosto do teu universo! Gosto da imaterialidade palpável das tuas vertigens, horizontes...do teu pensamento,sangue sem veia.
ResponderEliminarOlá Ana. Sou na verdade, antes, uma menina Tamborim:) Grata pelo teu gosto.
ResponderEliminarQuando disse Hey Mr Tambourine Man, estava-me a referir ao Sr Bob Dylan que escreveu uma música chamada "Mr Tambourine Man". Algo no teu poema e no teu nickname se associou e me fez lembrar uma passagem da letra dessa mesma música. Passo a transcrever:Then take me disappearin' through the smoke rings of my mind,
ResponderEliminarDown the foggy ruins of time, far past the frozen leaves,
The haunted, frightened trees, out to the windy beach,
Far from the twisted reach of crazy sorrow.
Yes, to dance beneath the diamond sky with one hand waving free,
Silhouetted by the sea, circled by the circus sands,
With all memory and fate driven deep beneath the waves,
Let me forget about today until tomorrow.
Sim, entendi, já me haviam passado a letra:) mas obrigada, engraçada a associação.
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