terça-feira, 1 de janeiro de 2008

cordão

Cordão sem tempo
houvesse

veio de ouro
inquebrável travessia

reconduzisse à Chama
que nos chama
em olhos de Outro
sede do Mesmo

e afogasse lágrimas
na Lágrima da Fonte

Fronte fosse
desaguar o Cântico
da Inocência

se
Ela abrisse os Olhos
e povoasse a Paisagem

dor alguma nascesse
medo todo morresse

dom
das Lágrimas Cantantes
vertidas em dorso de Rio

Isso: serpente celebrante:
Tudo se procura a si mesmo

1 comentário:

  1. Líndissimo este poema que parece trazer a fragrância de um tempo antes do Tempo, uma sonoridade Primordial!! Lindo! ^_^

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