segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


4 comentários:

  1. Fotografando tornas-te invisível. Ocultas-te na revelação do mundo. Como o absoluto.

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  2. Diria de outro modo, nestes casos:
    Fotografando revelas-te no aspecto visível do mundo.
    Entrevejo a tua alma não só quando os meus olhos se cruzam com os teus, mas também nos olhos dos outros e de todas as coisas que me mostras.

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  3. Somos herdeiros de uma civilização simplista: a do ver. Passar do ver ao entrever exige toda uma subtileza que é apanágio de almas raras. E todavia nada mais comum: pois o que na realidade se vê, que não seja apenas entrevisto !?

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  4. Duvido que algo se entreveja sequer... Duvido que haja algo... O simplismo de que somos herdeiros começou com o preconceito de que algo é... de que há ser... Que pode alimentar belas vertigens metafísicas como as de Álvaro de Campos, tremendo perante o terrível mistério de haver ser, mas nem por isso é mais verdadeiro...

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