Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Alambique
No Alambique
No Azul sem fim
De uma nave a flutuar
Ouço uma voz a chamar (será por mim?)
No Alambique eu vou entrar
Pelo Fogo vou Subir
(pareço a navegar na ilusão do limite,
mas logo a Lua e o Sol me dizem:
Vem
para fora de ti, mas não saias d’Aqui)
e o Alambique sinto oscilar
em partículas de Amor me sinto no Ar
para logo me destilar
e voltar a mim, Aqui,
que do Azul nunca saí, afinal,
re-voltada a cauda mordi porque do Mal não sou
nem o Bem me assomou, sou Una
sou cinza, fénix de novo
mas sem igual,
sou Amor, da violeta Soror
e flutuo no Alambique...
(não estou lá,
porque Lá não existe. Apenas Aqui,
Luz e Sombra a ouvir ecos de Nietszche:
Transforma-te em quem tu és...)
Muito Querida Luíza!!
ResponderEliminarTambém eu mergulho no Alambique, não sei se contigo, pois que posso dizer?, não seremos a mesma cobra, as mesmas pulsões ou manchas de bem e mal, a mesma boca a morder a mesma cauda?
Sempre estivémos condenados a estar sós neste Mundo Infinito, mas agora, nessa destilação do Alambique, vê-mo-lo mais claramente. As experiências alimentaram o Fogo e trouxeram-nos ao Espelho perfeito que mostra que todos os jogos que encontramos no exterior são essa cobra multicolor que é e não é o nosso interior.
Interior indefinível, inalcançável, que mostras sem descrever, muito para lá das entrelinhas, sob a forma desse pássaro que voa em horizontes de Sol e Lua casados em harmonia, perfeita Liberdade indefinível...
Já que estamos condenados a morder a própria cauda até ao fim dos nossos dias (e o mais que não sei dizer) ao menos que o façamos com estilo.
Agradeço-te tanto o texto e o desenho, Elevas-me para mundos sempre presentes mas raramente lembrados (pelo menos não tanto quanto quereria).
Um miríade Beijinho... ^.^
O desejo é muito bonito... mas porque separa a ave da serpente ?
ResponderEliminarDigo: o desenho...
ResponderEliminarEste desenho é uma produção "Argonautas e Patafísicos" e foi para mim uma inspiração alquímica à primeira vista.
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