tag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post2075787803398073567..comments2023-10-14T13:18:12.200+01:00Comments on Serpente Emplumada: A CasaPaulo Borgeshttp://www.blogger.com/profile/06481949356711352215noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-69565851247964231152008-12-30T22:38:00.000+00:002008-12-30T22:38:00.000+00:00Saudades,hoje quero sonhar com o meu regresso a es...Saudades,<BR/><BR/>hoje quero sonhar com o meu regresso a essa Casa.<BR/>Com a viagem toda feita de sonho, quero fazer esse caminho de regresso ao Nada, ao Princípio, e a mim mesma, antes de Ser.<BR/><BR/>Sonhar com esse Silêncio sem existir... com esse telhado estrelado, sem luz... e, na escuridão dessa Casa, voltar a SER NADA. NADA do que sou fui ou serei.<BR/><BR/>:)<BR/><BR/>Beijos e desejos de bom regresso ao futuro, agora com a futura chegada do Novo Ano, de novo*Sementehttps://www.blogger.com/profile/08089663942820265349noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-36345985018032261542008-12-27T14:41:00.000+00:002008-12-27T14:41:00.000+00:00noite platónica...contemplação...reminiscencia...r...noite platónica...contemplação...reminiscencia...reencontro com a Verdade!<BR/><BR/>(...anseio por um toque de eternidade...)<BR/><BR/>viva a poesia!!!<BR/><BR/>a nossa casa + fluida e espontanea, no acto de se ser, trans/re escrever<BR/><BR/>fragmentusAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-19921680579377897202008-12-27T01:45:00.000+00:002008-12-27T01:45:00.000+00:00A poesia já está na rua, ó divino de ombros largos...A poesia já está na rua, ó divino de ombros largos e elevadas ideias!<BR/>Não haveis dado conta de tal sucesso,mestre?<BR/>Creio que nem em Aristóteles haveis reparado...<BR/>Agora é talvez tarde... é já noite platónica...Luiz Pires dos Reyshttps://www.blogger.com/profile/10903670477630329375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-33731912337307180922008-12-27T00:20:00.000+00:002008-12-27T00:20:00.000+00:00Rua com os poetas!Rua com os poetas!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-78828812701088668862008-12-26T14:11:00.000+00:002008-12-26T14:11:00.000+00:00Paulo Borges,Há muito, desde antes de haver tempo,...Paulo Borges,<BR/><BR/>Há muito, desde antes de haver tempo, que sabemos que na "Casa do Pai há muitas moradas". Tu mesmo o dizes. Perdoa, pois, esta que te trouxe "A Casa" para a "Casa da Serpente", aqui mesmo a tenha criado outra que a mesma. E também aos "florais" e aos "jograis", actores desse acto de prestidigitação,que lhes sirva de atenuante o muito amor que te têm.<BR/><BR/>Grata, Paulo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-76136456613078667502008-12-26T14:10:00.000+00:002008-12-26T14:10:00.000+00:00Nobre Paulo,Amigo,Quanto à heideggeriana questão. ...Nobre Paulo,<BR/>Amigo,<BR/><BR/>Quanto à heideggeriana questão. <BR/>Se nem ele, Heidegger, nem porventura outros tão fundos ou mais altos do que ele - no pensar do quanto se pensa ou se não pensa, nisso mesmo ainda pensando – lograram definitivo responder, como o ousaria eu, paupérrimo no modo de ser tão-só lugar de orfaica “acontecência” na fábrica de um mais luminoso e convocante dizer que humano, não humano ou inumano seja?<BR/>De melhor grado me arrimaria eu ao mais arcaico sentido de em tudo viver em “modo de porventura”, se nisso ora se entendera (como mais antigamente se entendeu) o ser e tudo viver “por auentura”. <BR/>Seria, assim, aventura todo o evento e qualquer advento, posto à ventura entregues sempre coitas e cuidados. <BR/><BR/>Quanto a Pascoaes, e sua cumplicidade em “crime” saudoso do que sabemos, ou sabemos que não sabemos.<BR/>São crime e crise étimos ramos de um mesmo tronco. Assim, apenas acede ao firmamento da copa de tal “pluriverso” quem não cuide de ser pecado o que apenas é mero reflexo de ser no estar a caminho: a caminho de quanto se já tem, cais viventes que somos, a que ancoramos entre partir e voltar, entre esse ir para não mais voltar, ainda que se volte ao mesmo porto de onde se rumou ao viajar ao Deus dará, que só ele e o além dele dá quanto retira e, dele nos retiramos para inteiramente tê-lo como O que nos tem, por nada ou por tudo.<BR/><BR/>Pelo que a prestidigitação poética diz respeito.<BR/>Quanto ao que de poesia aqui haja, tem ela sempre a sinceridade do mesmo fingir que nela há quando a verdadeiramente haja. <BR/>O poeta fala sempre do que não há, mas há que haver. <BR/>Finge como quem não finge: quanto mais o logre, mais enorme se agiganta.<BR/>A poesia, é verdade, mente com a verdade e na verdade de mentir di-la em sussurro a quem entenda ou, como diz alguém que todos sabemos que sabe (o) que diz: “sabei que, segundo o amor tiverdes, tereis o entendimento de meus versos”.<BR/>Assim só, “faz que [se] leia mais do que [se] vê escrito”.<BR/><BR/>De ficção, finalmente, da coisa ficta, se tem dois sentidos e sentir: o que se tenha por real e verdadeiro existe, ainda que não haja; o que se tenha por ficção de ser, ainda que de sincero modo o seja, não é, posto que o ser nele se recusa a sequer permanecer à porta.<BR/><BR/>Bom Paulo, ficção de vida é juntar em igual e leve jugo o facto e o ficto. <BR/>A nobreza (disso), de tudo preserva: sobretudo preserva o que nos preserva de nos não preservarmos no que se nos não reserve.<BR/><BR/>De tal sorte quero eu viver: como se não vivesse, como se morte não houvesse (qual não a há como a supomos)!<BR/><BR/>Grato em extremo, irmanado por aquilo que se não agradece, pois em nós é graça, de graça.<BR/>Saúde!Luiz Pires dos Reyshttps://www.blogger.com/profile/10903670477630329375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-62043953922083905332008-12-26T10:33:00.000+00:002008-12-26T10:33:00.000+00:00Porque há o Ser e não o Nada? Será porque os poeta...Porque há o Ser e não o Nada? Será porque os poetas, como escreveu Pascoaes, são "cúmplices de Deus no crime da Criação"?<BR/><BR/>Belos textos, Saudades, Lapdrey e Donis! Mas não sei se vos perdoo a poética prestidigitação. Nada nem ninguém é inocente e a beleza muito menos.Paulo Borgeshttps://www.blogger.com/profile/06481949356711352215noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-63702995908209150332008-12-26T00:44:00.000+00:002008-12-26T00:44:00.000+00:00Caríssimo e gentil Lapdrey,(À un certain chevalier...Caríssimo e gentil Lapdrey,<BR/><BR/>(À un certain chevalier des eaux du néant, que du silent fait son retour aux illes fortunées de l'ancien rêve)<BR/><BR/>Chegados, Senhor, a domínios atlantes, grata pelas rosas<BR/>Que de intenso olor cobrem a distância entre mares bem longínquos<BR/>Aqui, em plenas águas que houve, oiçamos o silêncio de não sermos<BR/><BR/>Senão o que seremos, que assim é a lei dos mares onde peixes com asas<BR/>abraçam os dois elementos. Se de terra é o meu peito, de água é a minha secreta origem<BR/>E nos meus braços a asa se torna peixe. Não temais, pois, por nós, nem nos tememos<BR/><BR/>Dos vossos lêmures traços, a luz é atlântica na distância da Saudade<BR/>E nela o silêncio esbate traços humanos, ou pedras de enredar a alma nas suas mesmas redes.<BR/><BR/>Respondei isto a Donis, que ele, entenderá de meus anseios. Agradeça as rosas. Diga-lhe que as guardarei em meus livros de versos e na memória os acharei.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-81722482695262900772008-12-26T00:09:00.000+00:002008-12-26T00:09:00.000+00:00Será que nessa casa há algum livrinho para roubar?...Será que nessa casa há algum livrinho para roubar? ups, para ler, depois prometo que devolvo :)<BR/><BR/>Bonito texto, parabéns!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-57610616223672160272008-12-25T23:24:00.000+00:002008-12-25T23:24:00.000+00:00Manda meu senhor Donis de Frol Guilhade, em tudo e...Manda meu senhor Donis de Frol Guilhade, em tudo ele sempre submisso à “pátria lei das águas”, vos volva, senhora, sua volta, um tanto (diz) mais salpicada de as agitações de tais “águas da pátria”. <BR/>E, com o assentimento vosso, segue em atlante mote, vindo eu aqui humílimo por seu nome, em vosso regaço “entornar seus cantos”, que a “desfiar seus perfumes” as anexas rosas logram melhor efeito. <BR/>Mais faz saber “em que subida a maré a tudo cobre e inunda” nele: posto que “tudo (...) será flor do nada”, a pátria no “peito extreme do silêncio, (...) leva presa à frátria das palavras”.<BR/><BR/><BR/>"Atlante idade"<BR/><BR/>(À une dame dont l'âme se laisse "flotter sur la surface des eaux, pour taire un certain miracle que fait sortir de son abîme<BR/>les fleurs de son jadis")<BR/><BR/><BR/>Fica entre os continentes que jamais conhecerei, quais pulmões <BR/>de mim, faca líquida que delimita o aqui e o lá.<BR/><BR/>Aquém, onde espelha o que não sou, há uma aquátil película<BR/>que inunda a superfície de meu fôlego: sou o que ainda não é...<BR/><BR/>Além, na extensão sem lonjura que me é remo, sou o que em mim é<BR/>o que hei-de ser: hei-de ser o que já sou...<BR/><BR/>É peixe alado o que em mim nada ou navegue. Ignoro náutico o voo <BR/>dos avoengos atlantes: tenho meu leme na lemúria.<BR/><BR/>Seres sem idade habitam a profundura que não hei. Sem nome <BR/>e com silêncio, o ponderar medito dos recifes em que a alma desencalho.Luiz Pires dos Reyshttps://www.blogger.com/profile/10903670477630329375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-45160775776061527602008-12-25T20:44:00.000+00:002008-12-25T20:44:00.000+00:00Caríssimo Lapdrey,Queira fazer o favor de por mim ...Caríssimo Lapdrey,<BR/><BR/>Queira fazer o favor de por mim dizer ao Senhor Donis de Frol que lhe respondo já, o que fará chegar, breve. <BR/><BR/>Je trône dans mon coeur<BR/>Et sur la surface des eaux<BR/>je me laisse flotter<BR/>pour taire le miracle<BR/>De telles lignes vides<BR/>Òu bien de L'Abîmal silence<BR/>sera, ma voix, ma propre cicatrice<BR/>Et du ventre sacré de la distance<BR/>J'entenderait parler de ce qui se tait en moi, et sors de son abîme<BR/>les fleurs de son jadis.<BR/><BR/>Na pátria lei das águas que a si mesmas banham<BR/>Venho entornar meus cantos<BR/>E deles me abismar<BR/>Desfiar seus perfumes e perder-me de mim<BR/>Por tão ditosa barca me levar daqui<BR/>Por tão tudo me ser<BR/>À flor do nada, enfim.<BR/><BR/>Do seu cantar me prendo<BR/>e ele em mim me banha<BR/>Neva no coração a natureza de alva<BR/>Luz que no peito extreme do silêncio, me leva presa à frátria<BR/>das palavras.<BR/><BR/>Do abismo saio e chego ao mesmo mar<BR/>Em que subida a maré a tudo cobre<BR/>E inunda. E nessas águas, Senhor,<BR/>Me não hesito<BR/>De perecer de amor, para não morrer.<BR/><BR/>(Isto hoje está bonito, está!)<BR/>Se não me chega o tradutor, ainda erro sobre o próprio erro!)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-79389896986522820442008-12-25T19:16:00.000+00:002008-12-25T19:16:00.000+00:00Manda-me o senhor deste lugar - que do vasto faz c...Manda-me o senhor deste lugar - que do vasto faz cercano e do longe nos estreita - ancião de meus dias, que à soleira desta casa deixe de Donis mais um. <BR/>Ora mais se cala, assim, esse que canta a frol e se acoita em Guilhade: sabe ele as razões (se as há e conheça) de deixar poema à porta de tal morada, aos pés do futuro da poeta ... das saudades. <BR/><BR/><BR/>"Je trône dans l'azur comme un sphinx incompris;<BR/>J'unis un cœur de neige à la blancheur des cygnes;<BR/>Je hais le mouvement qui déplace les lignes.<BR/>....<BR/>Viens-tu du ciel profond<BR/>Ou sors-tu de l'abîme, o Beauté?"<BR/><BR/>Charles Baudelaire<BR/>(« La Beauté», in "Les Fleurs du Mal")<BR/><BR/><BR/><BR/>"A leveza da beleza sem peso"<BR/><BR/>Sistema da fala em vasos comunicantes<BR/>é o modo como a pálpebra das coisas nos convoca<BR/>para, incessante paradoxo, ser em nós o que de nós mais ri:<BR/>o que nos espanta nos não surpreende...!<BR/><BR/>- "Viens-tu du ciel profond ou sors-tu de l'abîme?"<BR/>- Venho do abismo do rosto, e subo à bíface fundura!<BR/><BR/>Do ventre da mátria para a pátria das águas,<BR/>margens geminadas dum mesmo mar,<BR/>embrenha-se-me prenhe o parir-me glauco.<BR/><BR/>Lazúli na coloração da alma em sua carne<BR/>viva, sou esfinge incompreensível que tudo<BR/>melhor compreende ao compreender-se nada:<BR/>quem quererá entender quem tudo desentende?<BR/><BR/>O movimento que as linhas altera testa-me <BR/>(a si mesmo o traçar da linha detesta):<BR/>as curvas na beleza são rectas que ao excesso<BR/>do esplendor se moldam, para sequer serem.<BR/><BR/>Neva no meu coração como na alvura dum cisne,<BR/>que tem mira no alvor de seu mirar: nele,<BR/>nadar é antecâmara de quase um nada...<BR/><BR/>…mas um tal é mais um tudo nada<BR/>que é mais que tudo em seu ser: é nada...!<BR/><BR/>Donis de Frol GuilhadeLuiz Pires dos Reyshttps://www.blogger.com/profile/10903670477630329375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-67462751216958948382008-12-25T18:49:00.000+00:002008-12-25T18:49:00.000+00:00É "Platerito", é aqui uma homenagem ao Senhor da C...É "Platerito", é aqui uma homenagem ao Senhor da Casa da Serpente e é onde tantas vezes nos "princip(i)amos".:)<BR/><BR/>Um beijo, irmão.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3014313979769592040.post-89420756335552810522008-12-25T17:46:00.000+00:002008-12-25T17:46:00.000+00:00boa abordagem do princípio do nada.Que mesmo sendo...boa abordagem do princípio do nada.<BR/>Que mesmo sendo nada também teve principio.<BR/><BR/>beijoplaterohttps://www.blogger.com/profile/06341136675550263099noreply@blogger.com